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História Gabriella Turler

  • Foto do escritor: Annyalveszoficial null
    Annyalveszoficial null
  • 12 de out.
  • 2 min de leitura


Passando para contar um pouco da minha história.


Em janeiro de 2024, descobri a gravidez — já era um bebê arco-íris, depois de um aborto anterior.

A gestação estava evoluindo de forma muito saudável, até que, em junho de 2024, em uma ultrassonografia de rotina, descobri que estava com o colo do útero curto. Já não havia mais tempo para fazer a cerclagem de emergência, então precisei ficar em repouso absoluto.


Foram três semanas assim, até que, com 26 semanas, minha bolsa rompeu. Fui para o hospital com a intenção de segurar o máximo possível, mas consegui apenas dois dias. No dia 27 de junho, ele nasceu — um parto normal e rápido.


Foram 19 dias na UTI neonatal. Ele venceu uma infecção, uma parada cardiorrespiratória e muitas outras intercorrências… mas os rins não estavam funcionando, e ele foi ficando cada vez mais inchado, até que não resistiu.

Foi o dia mais difícil da minha vida — meu peito rasgou.


Voltar para casa não foi fácil. A gente sai do hospital com o peito cheio, mas com o colo e o coração vazios.

Durante o parto, perdi muito sangue, tive anemia e ainda precisei passar por uma curetagem da placenta.


Depois disso, tentei seguir a vida…

Pensei: “Não vou engravidar tão cedo.” Antes eu era saudável e demorou, imagine agora, com tantos problemas...


Os dias foram passando. Minha médica me explicou que a menstruação poderia voltar a partir de seis meses pós-parto. Até que, em agosto de 2024, comecei a sentir cólicas, mas nada da menstruação. Avisei minha médica, tomei uma medicação, e nada… Foi então que comecei a passar muito mal. Fiz um teste de farmácia e lá estava: positivo. Ou seja, engravidei no resguardo.


Um misto de emoções tomou conta de mim — não sabia se chorava pelo que partiu ou se comemorava pelo que estava chegando.


A gravidez evoluiu bem. Com 13 semanas, fiz a cerclagem vaginal e, com orientação médica, levei “vida normal”. Como ainda estava de licença-maternidade, aproveitei para manter o máximo de repouso.


Mas em janeiro, novamente com 26 semanas, a cerclagem convencional não segurou. Ele nasceu de parto normal e rápido.


Em sete meses, tive dois partos com 26 semanas — e os dois nasceram no dia 27.


Ali, meu mundo perdeu a cor. Perdi tudo.

A esperança e a fé já não eram mais minhas companheiras.

A única coisa que me confortava era saber que entreguei tudo a Deus de coração puro, porque pior do que não tê-los comigo era vê-los sofrendo dentro da incubadora.


Como moro no interior, comecei a buscar informações sobre a cerclagem definitiva, pois quase nenhum médico da minha cidade sabia que esse procedimento existia.


A consulta foi ótima, e o médico disse que eu estava apta para a cirurgia — mas o valor era muito alto. Então, dei entrada pelo SUS.

Minha primeira consulta foi em junho de 2025 e, no dia 02/10/2025, realizei a cirurgia.


Os médicos disseram que nunca tinham visto algo assim — não é comum esse tipo de cirurgia ser liberada pelo SUS, e ainda de forma tão rápida. Até eles ficaram impressionados.


Agora, sigo acompanhando, aos poucos me reestruturando e entendendo que Deus sempre fez o melhor — e que Ele nunca me deixou sozinha.







 
 
 

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